terça-feira, 6 de maio de 2014

Eficiência energética

Ultimamente fala-se muito em eficiência energética, em energias limpas, mas ...

Apareceram carros eléctricos, uma ideia muito interessante. Mas usam exclusivamente energia retirada da rede eléctrica. Não compreendo porquê. Estes carros deveriam possuir um dínamo para, nas travagens, tranformarem a energia cinética do carro em energia eléctrica, carregando assim a bateria. Seria como travar com o motor (o que complementa, mas não dispensa, os outros travões, de disco).

Por outro lado, o tejadilho do carro deveria estar coberto de células fotovoltaicas, para fornecer energia eléctrica e assim carregar a bateria. Não só em andamento, mas também, e sobretudo, quando o carro fica estacionado. No verão, é costume os condutores procurarem um lugar sombreado para arrumar o carro. Pois bem, os condutores dos carros eléctricos prefereriam um lugar ao sol. Mais : o carro podia trazer um painel solar suplementar, desmontável ou desdobrável, para proteger o pára-brisas da luz solar enquanto o carro se encontrasse estacionado, evitando assim o aquecimento excessivo do interior do carro e ao mesmo tempo fornecendo mais energia eléctrica para carregar a bateria.

As duas fontes de energia acima mencionadas não substituiríam a opção de carregar a bateria a partir da rede eléctrica, seriam apenas um complemento. Mas, no verão, tendo em vista as características do clima português, as células fotovoltaicas aumentariam imenso a autonomia do veículo, dispensando talvez a carga a partir da rede eléctrica.

Há também bicicletas eléctricas, e são muito engraçadas. A ideia do painel solar não se aplica a uma bicicleta, mas um dínamo de certeza poderiam trazer. Espero sinceramente que, no futuro próximo, apareçam bicicletas eléctricas em que o utilizador limita-se a regular a velocidade desejada e a pedalar. A bicicleta irá gastar energia da bateria quando for preciso (por exemplo, numa subida), e irá armazenar energia na bateria quando houver excedente de energia cinética (por exemplo, numa descida). O esforço do utilizador a pedalar poderá também ser convertido em energia eléctrica. Ver este artigo.

Meio a sério, meio a brincar : um carro eléctrico também podia ter pedais que transformassem o esforço muscular em energia eléctrica, e não apenas para o condutor, mas também para os passageiros. Esta sugestão traz-lhe à memória uma imagem conhecida ? Pois é, a ideia não é nova, já os Flinstones a aplicavam ...

domingo, 4 de maio de 2014

Flores




Viver no campo tem vantagens e tem desvantagens.

Uma das partes mais giras do campo é a proximidade da natureza. Em praticamente todas as épocas do ano, mas na primavera mais ainda, abundam as flores e os perfumes à nossa volta. Tenho recolhido flores de laranjeira, de madre-silva, pétalas de rosas. Ponho em saquinhos de tecido (compram-se em qualquer bazar, são baratíssimos) e deixo os saquinhos nas gavetas onde guardamos roupa. Assim, a nossa roupa fica impregnada com o cheiro das flores ...

Acrescentado em 2015.04 : As folhas de eucalipto são um exemplo particularmente interessante. São muito fáceis de obter. Coloco-as num saquinho de tecido e deixo-as na gaveta. As glândulas que produzem os óleos voláteis estão no interior da folha de eucalipto, pelo que o cheiro é libertado só nas roturas da folha (a folha inteira quase não tem cheiro). Então, cada vez que mexo na gaveta, esfrego as folhas um bocadinho para as partir mais um pouco. Assim, elas produzem um cheiro agradável durante muito tempo.

sábado, 3 de maio de 2014

Facebook

Tenho tentado perceber porque é que não gosto de usar o Facebook (ou a Facebook?) Acho que já percebi.

1. É um clube fechado. Só consegue aceder àquela informação quem estiver dentro do clube Facebook. Em contraste, a informação que eu ponho neste blog está à disposição de qualquer pessoa com uma ligação à internet.

2. Ao contrário do que o cidadão comum pensa, a Facebook não incentiva o contacto inter-humano, nem o diálogo verdadeiro. O que a Facebook incentiva é fazer "click" sobre botões pre-definidos. Por exemplo, recebo por vezes pedidos de amizade mas tenho que me esforçar para identificar a pessoa que me enviou o pedido (o que às vezes é fácil, outras vezes não). Isso porque os pedidos de amizade não chegam acompanhados por um texto do tipo "Olá, eu sou o fulano tal, conhecemo-nos há vinte anos, andámos na mesma escola" (ou "conhecemo-nos há vinte minutos, no bar da esquina"). A Facebook incentiva as pessoas a fazer "click" num botão em vez de usar palavras para comunicar com a pessoa que pretendem contactar. O mesmo acontece com os convites para gostar duma foto ou dum vídeo : em vez de escrever uma curta mensagem do tip "Olha, encontrei este vídeo, lembrei-me que era capaz de interessar-te, pois tem a ver com o tal assunto que sei que te apaixona", o utilizador limita-se a fazer um "click".

Poucos dias depois de publicar esta mensagem, Anca-Maria mostrou-me um vídeo que ilustra as mesmas ideias : http://www.youtube.com/watch?v=_g6UCRotZfg Vale a pena ver.

Primavera

As nossas (perma)culturas têm estado um bocadinho paradas, por várias razões. Por um lado, foram as obras em casa (finalmente, acabaram). Por outro lado, choveu tanto que não apetecia muito ir à horta. Aliás, estava tudo encharcado (algumas zonas alagadas); depois, o tempo aqueceu e de repente já se nota a necessidade de rega. Outra razão foi a operação da Fiona (ela foi esterilizada, agora está convalescente).
Quando vamos ao terreno agora, a principal prioridade é limpar as ervas daninhas que entretanto invadiram tudo. Tivemos que arranjar uma roçadora para este efeito (cortar tudo com a gadanha seria muito cansativo).