quinta-feira, 19 de março de 2015

Construção dum compostor


Os nossos amigos Lurdes e Quim-Zé ofereceram-nos ...

um barril em plástico azul.
Deve ter contido algum dos muitos venenos usados na agricultura química :


O primeiro passo foi cortar-lhe o fundo, com uma serra eléctrica pica-pau.


Depois, lavámo-lo muito bem. Depois, cortámos uma abertura em baixo, por onde será retirado o estrume.

Metade dum balde de plástico segurará o estrume.

O fundo será usado como tampa, mas para isso tivemos que alargar uma parte e estreitar a outra

com o maçarico
ou dando pequenos cortes

ou usando força bruta
O composto precisa de respirar, pelo que tive que dar montes de furos


O compostor ficará em cima duma base, a cerca de 30cm do chão.

Seis garrafões cheios de areia formam a base.
Finalmente, instalado ...

e já cheio.
Agora é só esperar que os bichos façam a sua parte.

domingo, 15 de março de 2015

Calcar ervas

Cortando as ervas com a gadanha
Até agora, eu conhecia duas maneiras de lidas com as ervas daninhas : arrancá-las (mondar) ou cortá-las. Estou agora a experimentar calcá-las.

Cama elevada, em preparação
Por exemplo, tenho uma cama invadida completamente por ervas, já grandes. Em vez de arrancá-las ou cortá-las, ponho simplesmente troncos de madeira em cima das ervas, comprimindo-as. Depois, irei tapar tudo com terra, depois com palha, como habitualmente.

Mesmo em terreno plano, já experimentei calcar as ervas. A ideia nem sequer é nova :

Isso deve ter sido feito pelos javalis.
Os javalis usam a própria barriga, mas eu uso um cilindro pesado (um tronco).

Com o tronco às costas
Após a construção dum "atrelado"
Passo com o tronco pelo terreno, fazendo-o rebolar. Forma-se uma camada de ervas entrelaçadas. A maioria acabam por morrer e apodrecem lentamente. O acto de semear fica um pouco mais difícil, pois tenho que rasgar esse entrelaçado de ervas para chegar à terra para semear.

Para semear, tenho que abrir buracos na camada vegetal.

Depois de tanto trabalho ...

um merecido descanso.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Facebook revisitado

Há algum tempo escrevi um pequeno texto sobre o Facebook. Entretanto tenho usado bastante o Facebook, aprendi algumas coisas que não sabia e percebi que algumas das minhas críticas não estavam correctas.
Percebi que, quando partilhamos um link ou uma imagem na nossa cronologia, temos a possibilidade de acrescentar um comentário nosso. Mas mantenho a outra crítica : num pedido de amizade, a interface Facebook não nos oferece a possibilidade de acrescentar um comentário explicativo. Claro que podemos enviar logo a seguir uma mensagem explicativa, mas quase ninguém faz isso porque o Facebook não tem esta facilidade incorporada no pedido de amizade.
Agora que tenho muitos amigos (50 para mim já é muito) descubro novos problemas. Na minha cronologia há demasiadas mensagens. Alguns dos meus amigos publicam várias mensagens por dia, e tudo somado é demasiado para eu seguir. Tive que "calar" alguns deles, dizendo ao facebook que não os quero seguir mais. E tive pena de fazer isso, pois eles até publicam de vez em quando mensagens interessantes, mas inundam-me com muitas outras não tão interessantes.
Depois, coloquei o problema ao contrário. Pergunto-me quais dos meus amigos ainda me seguem e quais já me "calaram". Eu também ponho bastantes coisas na minha cronologia. Ainda por cima, tenho o problema da língua. Tenho amigos que só falam português, outros que só falam inglês, outros que falam romeno e inglês, outros que falam português e inglês. Quando publico uma mensagem em português, os que não percebem português não deveriam recebê-la, e quando coloco uma mensagem em inglês, os que não percebem inglês não deveriam recebê-la. Eu também não gostaria de reber mensagens numa língua que não percebo. E, para além das barreiras linguísticas, há os assuntos. Nem todos estão interessados em permacultura e sustentabilidade, nem todos estão virados para a meditação e a espiritualidade, e assim por diante.
O Facebook tem a possibilidade de criar listas e de partilhar certas mensagens apenas com as pessoas duma lista. As listas pre-definidas (amigos chegados, família, pessoas que moram em Lisboa) não chegam nem de perto nem de longe. Assim, criei uma lista de lusófonos, outra para romeno e outra para inglês. Se as coisas correrem como eu quero, partilharei esta mensagem apenas com amigos lusófonos. Separar por assunto fica para mais tarde. Existem no facebook umas coisas chamadas "listas de interesse", deve ser por aí.
Davam jeito umas operações lógicas entre conjuntos : intersecção, união, diferença. Mas já estou a sonhar muito alto ...